foto : Andreza Almeida.
Tiriri Comeu seu prato
E com mãe Tiana se Pos a cochichar
Que com cara de preocupada
Outro prato foi preparar
Quando ele saiu correndo
e saiu do barracão
Atrás dele foi gracinha
Toda cheia de aflição
Pediu licença da mesa
Disse que já voltaria
Queria saber de Tiriri
Por onde Raimundo estaria
Tu volta logo aqui
Que o tempo tá curto
Temos de arresorvê
De uma vez este assunto
Disse monira gritando
E ficando dela de junto
Mas veja , me faça o favor
De tu me deixares em paz
Preciso ver uma coisa
E volto logo mais
Se é o branco safado
Que tu tá procurando
Vou logo te dizendo
Que nós tamo ele guardando
Mas tu pode fica carma
Que nós vamos esperá
Tu tomar tua decisão
Antes de lhe capar
Tu para com isso
Disse gracinha impaciente
Que vocês parece mesmo
Que nem ao menos são gente
Eu nunca vida tinha visto
Tanta imensa maldade
E se eu lhe disser
Que não volto na cidade?
Monira que era vermelha
E tinha o peito desnudado
Deu tão grande gargalhada
Que ecoou no telhado
Tu já sabe a resposta
Mas eu vou repetir
Que desta vila não saio
Sem te levá daqui
Ou tu vai de bom grado
Ou te faço um tipiti
Pois parece que tu
Não entendeste a questão
Disse Monira levando das Graças
De volta pro barracão
Venha cá me diga uma coisa
Que me disse mãe tiana
Quando da minha chegada
Por que vocês tão aqui
Se é tempo da cavalgada?
Por que não está lá você
E essa corja desgraçada?
Monira pulou em das Graças
E as duas rolaram no terreiro
Pra surpresa de todas
Não teve Gracinha aperreio
Deu uma surra na Monira
Que deixou a outra azuada
As duas pegaram lanças
e fizeram uma guerra de espada
Foi uma briga das boas
Que deixou a Gracinha rasgada
E de repente ela viu
Que tava quase pelada
Pois Monira lhe destruiu
Até o forro da anágua
Ela não gosta de mostrar o peito
Essa caboquinha aguada
É por que são dois coquinho
Que num serve é pra nada
Das Graças foi pra cima da prima
Com a lança dela em riste
Jogou monira no chão
E antes que alguém intervisse
Deu uma chave de perna
Prendeu o pescoço com uma mão
E com a outra encostou
A lança no coração
As vermelhas animadas
Urravam como animais
E já nem sabiam
Para quem torciam mais
Devolvam agora meu homem
Disse das graças irada
Ou eu mato essa doida
E não respondo por nada
Jacinta veio pra junto
De riu da cara de monira
Disse que devolve não ia
E era ela quem sabia
Pois se matasse Monira
A cunha ela seria.
Das graças olhou pra Monira
Com a cara muito enraivada
Raiva de não saber de Raimundo
Raiva de estar pelada
E mais Raiva ainda de estar numa cilada
Saiu de cima da prima
Ficou com a lança na mão
E disse que já sabia
Qual era a solução
Que ia dar o cargo pra Monira
Mas sem seu Homem não ficava não
Mãe Tiana que já tinha dito
Que não gostava de rinha
Mastigava tranqüila
Um pescoço de galinha
Quando as duas se apartaram
Foi que ela se meteu
Expulsou as outras mulheres
Disse : disso cuido eu
As vermelhas saíram
E iam muito animadas
Fosse quem fosse a cunha
Era muito bem treinada
Tiriri voltou contente
Com um prato em cada mão
Botou em cima do girau
Deu pra das Graças um Camisão
E não perdeu a chance
De lhe dar um beliscão
Das Graças muito irritada
Nem quis mais se zangar
Me diga de Raimundo
Aonde é que está?
Óia num se prercupa
Que ele tá bem cuidado
As vermelha tão brigando
Pra ver quem dá mais cuidado
Uma lhe insfrega os pé
A outra dá de cume
E tem as que fazi coisa
Que melhó nem lhe dizê
Mãe tiana pegou Tiriri
E deu nele um cascudo
Mandou ele ir pra lá
Ficar vigiando Raimundo
Que as vermelhas eram de repente
E mudavam de tempero nu8m segundo.
Tiriri saiu correndo
Das Graças queria seguir
Mãe Tiana já nervosa
Lhe disse se assente aqui.
Monira depois da luta
Ficou até menos braba
Depois que viu que a prima
Ao menos pra briga prestava
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