Ogum acende o fogo
para ilumiá
Os caminhos por onde
a minha lança vai passá
Deixa eu te dá mais ferro
Pra tu guerrear
Lembre sempre desse fogo
Pras coisa concertá
Oxalá teu rei mandou
Eu te contá
Pra tu procurá na mata
Coisa de num se apagá
Logunedé
Logunedé
Tu me diz agora
O que é que tu é
Deixa que eu traga
Uma vara pra te dá
Tu mergulha ela na água
Pra vê o que tem lá
Oxalá o rei
mandou eu lhe dizer
Pra ti mirá
Bem no que tu qué.
Raimundo se Levantou
Como se fosse nada
Deu três rabo de arraia
E duas rodopiada
Pra cima do preto velho
Que deu doze desesquivadas
Foi foi foi foi Logunedé
Que veio mostrar pra gente
O que é que ele é
Raimundo levantou a cabeça
Rodou a flechada de Oxossi
Encostou a planta do pé no
Peito do preto velho
E cantou
Não sei de onde venho
Nem sei pra onde vou
Mas pra nessa Roda
Oxaguiã que me rodô
Ele é quem tem
Uma adivinhação
Conte para nós
Um segredo de visão
Quem é o rei eu quero saber
Desce Preto velho
Pra ele aprendê
Caiu foi de rasteira
De rasteira ele caiu
E o pé do nosso rei
No chão ele que viu
Ele é o rei
Logo pude ver
O senhor mande os
Guerreiros
Pra eu lhes conhecê.
Oxaguiã, Oxaguiã
lhe faz muito bem
Procurar uma anciã
Chama Onilê
chama Onilê
que ele de cajado
tu precisa vê
Veja esse cajado
Que eu vim te trazê
no fundo desse saco
tudo pode acontecê
joga Onilê
joga Onilê
o que tem nesse teu saco
pra eu me defender
Te defendê não vai precisá
Bote a cabaça no arco
Pra nós escutá.
Canta Oxaguiã
Canta Oxaguiã
Que acaba de abrir a roda a anciã
Toca Oxaguiã
Toca Oxaguiã
O que não for de falá
Tu toca Oxaguiã
Abram a roda
Pra nossa anciã
Que vem trazendo
a pedra de nanã.
Toca Oxaguiã
Com a flecha do guerreiro
Que antes de lutá
Se canta no terreiro.
Canta Oxaguiã
Canta Oxaguiã
Que antes de lutá
Tu canta Oxaguiã.
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